sábado, 30 de julho de 2011

PALAVRAS QUE ME SEGURAM E SE RENOVAM SEMPRE

      Certa vez, dois grandes sábios e seguidores de cristo partiram em uma peregrinação. chegaram a uma pequena cidade, onde um povo cristão e feliz, os acolheu com carinho. Mas, grande era a necessidade daquele povo, em que Jesus colocara também, forças desiguais.
      Os sábios mestres sentiram-se muito importantes, como também, um toque de vaidade por se verem tão úteis áquele povo. Então, perguntaram a si mesmos:
     - Curar ou doutrinar aquela gente?
        Curar induzindo-lhes ao trabalho pois, todo aquele que se eleva no trabalho gradativamente, vai recebendo sua lição, a verdadeira lição, a lição com amor extraído do palpitar de sua mente e  de seu coração. e, não a lição da teoria, mesmo dos velhos sábios. a lição de um sábio, ontem, pode ser hoje; superada por uma magnífica manifestação de um discípulo.
       O mais velho partiu. O outro, não resistindo á sua vaidade, ficou e foi ensinar. Formou sua academia, limitando aos seus conhecimentos aquele povo. Enquanto o que partiu, jogou-se as praticas, escrevendo, traduzindo, acumulando tudo o que via, e não teve tempo de aproveitar sua linguagem pois, de certa forma, era projetado e sempre superado por tudo o que aprendia dos seus dicípulos. Por fim, já de volta, encontra-se com velho sábio que recebe a mais ardente das lições.
      O encontro com a caridade!
      Aprender trabalhando e não ter a pretensão de saber.
      A dor é o espinho no coração do homem.  Após extrair-lo, desabrocham conhecimentos transcedentais que nenhum mestre é capaz.
      Forçar a incorporação de um médium, é virar uma página e limitar a sua lição. A faculdade mediúnica é força própria, individual. Cada um acumula á sua maneira. O médium que não dá sua própria mensagem é um falso profeta. A obrigação do doutrinador é encaminhar o dicípulo ao cristo.

                                                                                                      com carinho, a mãe em cristo.

domingo, 10 de julho de 2011

O VASO DE PORCELANA E A ROSA

      O Grande Mestre e o Guardião dividiam a administração de um mosteiro zen.
Certo dia, o Guardião morreu e foi preciso substituí-lo.

O Grande Mestre reuniu todos os discípulos para escolher quem teria a honra de trabalhar diretamente ao seu lado.

Vou apresentar um problema – disse o Grande Mestre. – E aquele que o resolver primeiro, será o novo Guardião do templo.
Terminado o seu curtíssimo discurso, colocou um banquinho no centro da sala. Em cima estava um vaso de porcelana caríssimo, com uma rosa vermelha a enfeitá-lo.
-Eis o problema – disse o Grande Mestre.

Os discípulos contemplavam, perplexos, o que viam: os desenhos sofisticados e raros da porcelana, a frescura e a elegância da flor. O que representava aquilo? O que fazer? Qual seria o enigma?

Depois de alguns minutos, um dos discípulos levantou-se, olhou o mestre e os alunos a sua volta. Depois, caminhou resolutamente até o vaso, e atirou-o no chão, destruíndo-o.

-Você é o novo Guardião – disse o Grande Mestre para o aluno.
Assim que ele voltou ao seu lugar, explicou:

-Eu fui bem claro: disse que vocês estavam diante de um problema. Não importa quão belo e fascinante seja, um problema tem que ser eliminado.

“Um problema é um problema; pode ser um vaso de porcelana muito raro, um lindo amor que já não faz mais sentido, um caminho que precisa ser abandonado – mas que insistimos em percorrê-lo porque nos traz conforto”.
“Só existe uma maneira de lidar com um problema: atacando-o de frente”.

Nessas horas, não se pode ter piedade, nem ser tentado pelo lado fascinante que qualquer conflito carrega consigo”

                                                                                                                                          paulo coelho